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Viagens

– A beleza encantadora das mulheres da tribo Kayan –

Bom dia amores!!!

Todo mundo que me acompanha lá no instagram  sabe que estou aqui na Tailândia vivendo uma experiência única e mostrando tudo para vocês.

Ontem eu fui conhecer a tribo Kayan ou Padaung, onde vive as mulheres Kayan, muito conhecidas como ” Mulheres Girafas“.
Gente, posso dizer que foi muito emocionante essa experiência, eu nao sabia se eu chorava de emoção por estar ali, vivenciado tudo aquilo, que sempre foi o meu sonho, ou se eu chorava pela a historia de vida triste que tem e que vive aquelas mulheres. Isso mesmo, muita gente não sabe a historia de vida dessas pessoas, e o porque  que elas usam os colares, vou tentar explicar um pouco da historia dessas pessoas que mesmo tão sofridas ainda tem um sorriso solto meio que tímido para lhe oferecer .

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Quando cheguei lá, logo vi varias casas feitas de palha, enfileiradas numa vila muito pequena, mulheres sorridentes, algumas jovens, outras velhas, exibindo peças de artesanato, peças delicadas e coloridas tudo feitas a mão, mas o que me corta o coração é saber que muitos que vão ali,  não estão tão interessados em comprar. Todos vão ali para ver de perto as tão famosas ” mulheres-girafa”.

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Eu sempre tive curiosidade em conhecer essas mulheres, desde que as vi numa reportagem no Globo Repórter alguns anos atras.  Bom, acredito que todo mundo, algum dia nessa vida, já se deparou com uma foto delas, com aquelas argolas douradas no pescoço. Mas poucos sabem como elas vivem, por qual motivo estão ali e o que as fazem manter a tradição.

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Antes de eu ir conhecer a tribo, fiz varias pesquisas na internet, estudando um pouco da vida das mulheres Kayan, e tive uma supressa triste ao saber com detalhes um pouco da historia delas e o porque que elas estão ali.

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Essas mulheres são refugiadas do Myanmar, onde a tradição de tentar alongar os pescoços é secular. Não se sabe ao certo o motivo. Existem lendas que contam que seria para proteger dos ataques de tigres. Outras falam que seria para deixá-las mais atraentes. E ainda há quem diga que seria para punir as adúlteras.

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Fato é que, passados tantos anos, a tradição se manteve e, a partir dos cinco anos de idade as meninas começam a colocar as argolas no pescoço. É uma peça única de bronze, com aros enrolados, que com o tempo é substituída por peças cada vez maiores, com no máximo 25 aros. As peças são extremamente pesadas, podem chegar até 10 quilos. Eu experimentei uma peça falsa, e pude conferir o quanto que aquilo era pesado.

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Quando você olha o pescoço com as argolas, você tem a impressão que o pescoço é longo, mas na verdade o pescoço não se alonga com o processo, isso tudo é só ilusão de ótica. O que acontece na verdade é que os aros afinam a região e o peso da peça comprime a clávicula para baixo, afundando a caixa torácica, o que dá a impressão de que o pescoço cresceu. As mulheres Kayan podem tirar as argolas, só precisam tomar cuidado para não virar o pescoço bruscamente, pois isso pode causar uma lesão gravíssima.

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O que era tradição no passado, hoje em dia virou uma questão de sobrevivência econômica. Desde o final dos anos 80, membros da etnia Karen fogem do Myanmar, onde existe um conflito étnico, para o nordeste da Tailândia.

Existem alguns campos de refugiados na região e três vilas onde ficam especificamente o povo  das mulheres-girafa. Acontece que as Kayan se tornaram uma boa fonte de renda para quem explora o turismo por ali e, com isso, passaram a ser exploradas também.

Como a Tailândia não segue os regulamentos da ONU para refugiados. O povo Karen é proibido de sair das áreas demarcadas pelo governo, não pode trabalhar e tem pouco ou nenhum acesso à escola.

No caso das mulheres Kayan, a situação é pior. Como elas não seriam tão curiosas e exóticas se pudessem ser vistas andando na rua, acabam ficando confinadas nas pequenas vilas onde vivem. Caso decidam tirar as argolas, param de receber ajuda de custo do governo. E elas têm mais dificuldade do que as outras tribos para serem realocadas para outros países como refugiadas.

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Confesso que eu sabia  dessas restrições, mas pensei… por um lado, atualmente é o turismo e a venda de artesanato que sustenta as belas mulheres Kayan. Por outro, elas são o retrato de uma exploração abusiva e do desrespeito aos direitos humanos. Vivem presas num zoológico e têm poucas chances de sair dali. Chorei muito, muito mesmo quando me deparei com aquela situação, a minha vontade era de levar todo mundo para minha casa e cuidar delas, foi muito triste olhar no rosto dessas mulheres e sentir a tristeza no olhar delas, quando eu perguntava se eu podia fazer fotos, elas olhavam para mim com um sorriso tímido me respondendo que sim, como se fosse uma obrigação delas.
Infelizmente, eu não pude fazer muito por elas, oro a Deus para que essas pessoas encontrem de qual quer forma a felicidade, e que Deus tenha piedade.

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Um momento bem tenso, foi quando eu perguntei a essa jovem ” na foto acima” se eu podia fazer uma foto com o filho dela, ela olhou para mim assustada e falou, ” No, no, no” ela pensou que eu estava perguntando se eu podia levar o filho dela comigo, apesar da vida ser difícil por lá, o amor existe nos corações dessas pessoas tão lindas.

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Depois de me explicar que era apenas uma foto, ela sorrindo foi buscar o baby, e ai esta a foto, mas ate confesso que deu vontade de levar essa coisa fofa comigo. Ainda não tenho meus filhos, mas quando eu tiver, quero que eles estudem e vão conhecer o mundo, viajar é maior riqueza que alguém pode ter, ninguém rouba os seu conhecimentos.

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Dei uma paradinha nessa outra tribo para comprar uma lembrançinha e não resistir em pedir uma foto para essa senhora simpática que ria muito por eu ser maior do que ela. Muito fofa <3.

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Encantada com essas crianças fofas que ficaram apaixonada com o meu vestido e eu até ganhei um beijo de volte sempre. <3

 

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